Seja feliz

"...e a vida segue, com o tempo nos calcanhares da esperança..." (E tudo passou - 20/03/2012)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Emilly - A menina dos olhos negros


"enquanto alguns homens destroem o mundo,
constroem bombas
e se matam...

existem os bons,
que com suas mãos mágicas
conseguem unir talento,
dedicação,
paciência,

dando vida a tudo,
e dando olhos negros à boneca Emilly,

enquanto alguns homens destroem o mundo..."



Para Patricia,
por seu talento
e por dar vida à Emilly.

Simplicidade






"o simples quando percebido,
torna tudo mais perfeito..."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Passos rápidos


"agora a pouco,
por estar cansado,
achei que estava triste,
mas não,
não estou triste,
estou só um pouco menos feliz de como era antes.

Tenho corrido demais
(como um animal veloz)

os passos são rápidos,
os dias que passam lentos,
inevitavelmente..."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lágrimas de esperança



"Muitas madrugadas se passaram
e ela ainda não ouvia a voz da sua paz interior
chorava calada,
como quem desperta de um grande sonho,

era inevitável,
ela ouvia som, qualquer som,
e corria pra janela,
imaginando que alguém estava de volta.

Passaram dias, noites,
lágrimas de solidão possuíam aquele meigo olhar,
ela ia até a janela,

avistava ao longe um trem chegando
e corria à estação...
quando chegava lá
o maquinista balançava a cabeça,
com um não, que cortava sua alma ao meio...

Ela, depois de tanto penar e sofrer
decidiu partir,
fugindo de tudo aquilo que havia lhe possuído,
sentia-se só
e aquela solidão não era só tristeza
a saudade parecia consumir seu coração a cada segundo...


Ela esperou uma manhã de setembro,
foi ao prédio mais alto e jogou tudo o que ainda existia e que a fazia lembrar,
só não jogou fora as cartas fechadas,
ela jogou tudo dele fora,
o que não percebeu foi que algo permanecera em seus sonhos diariamente,
e então, fraca, possuída por sonhos
e necessidades,
fugiu,
sumiu....

Saiu para conhecer lugares novos,
pessoas interessantes,
sentiu-se até feliz por alguns segundos,
mas não foi sempre assim...

Sentia-se também triste,
queria aquele alguém de volta,
vivo,
mesmo que por apenas alguns instantes....
chegou naquela noite cansada de tanto passear pelo mundo
e acordou naquela manhã de 20 de setembro
decidida a descobrir sobre sua dor,
e resolveu naquele lindo dia de sol,
que iria buscar informações,
o anseio de seu coração era muito forte,
precisava saber de algo,
alguma notícia dele,
alguma notícia da guerra.

E se foi,...





sem saber pra onde,
sem saber que caminho seguir,
mas precisava ir...







Andou alguns minutos perdida, triste, ansiosa,
e chegou no correio mais próximo daquela pequena e pacata cidade da Nova Inglaterra...

- Bom dia, preciso saber notícias de um soldado,...

- Tem uma relação ali, com alguns nomes, se ele não estiver na lista, só lhe restará procurar pelo corpo dele... (disse o atendente)

- Meu senhor, e como faço pra saber onde está o corpo de meu marido? Ele não está nessa relação...

- Venha comigo, ...disse o atendente...

Apontando para um galpão....

- Anote seu nome ali, com aquelas pessoas, todos estão esperando para saber onde estão seus parentes, e não temos notícias deles...

Enquanto caminhava em direção aquelas pessoas famintas por informação,
lembrou de que um dia ele lhe falou que sempre que ela precisasse saber dele procurasse um General veterano de guerra, que tinha lhe conseguido lugar naquele grupo de soldados...


Conversou com o tal General, e ele lhe informou onde eles estavam naqueles dias,
e que ela fosse até lá,
lhe mostrou a cidade para onde mandaram seu marido,
e ela se foi...

Viajou algumas horas de trem,
outras de avião,
e chegou numa cidade destruída, em ruínas...

Chovia forte,...

era começo de outubro,
ouvia muitos gritos de dor,
pedidos de socorro,
e avistou um hospital no meio daqueles escombros,...

pela aparência da cidade, sabia ela, que há muito tempo ninguém circulava por aquelas ruas,
mas teve sorte e encontrou pessoas que procuravam parentes nos escombros dos prédios,...

Chegou num prédio abandonado e avistou uma criança,...









uma menina que chorava lágrimas de esperança...









- A senhora procura alguém? Disse a menina.

- Sim, procuro meu marido, ele veio para cá, para ajudar a cuidar de pessoas doentes, mas não voltou mais e não tenho notícias suas já há mais de um ano...

- E você menina, quem procura?

- Eu procuro minha mãe, não tenho notícias dela há bastante tempo também,...

E começaram as duas a procurar pela cidade,....

Ela ajudava um pouco, tentava manter-se calma,
mas vendo a aflição e disposição da menina,
não conseguia iludir-se tanto como aquela pobre criança...

Sentava-se, chorava, e quando não tinha mais vontade e força para continuar a procurá-lo,
a menina lhe estendia a mão....

- vamos não desanime, ele pode estar no próximo prédio, não desistirei de encontrar a minha mãe...

Elas permaneceram ali por dois dias, aguardando informações, localizações de algum corpo, mas nada,
não obtiveram sucesso na sua procura...

e os dois corpos nunca foram encontrados...

- Vamos embora Senhora, disseram que nós não podemos ficar mais aqui, algumas tropas virão bombardear o que ainda restou da cidade,....

Ela deu a mão a menina, e triste, mesmo com o coração cortado, aceitou ir embora,...

Acabara ali sua busca,
- não era para serem encontrados mesmo, pensava ela...

- E agora pra onde você vai minha filha?

A menina balançou os ombros, e olhou para o horizonte,
pensou,
pensou,....

- Eu só tinha minha mãe, todos os meus parentes morreram nessa guerra inútil, minha família agora, sou eu mesma...(disse Krishya, a corajosa menina)...

Ela apertou a mão da Krishya, limpou seus olhos e abraçaram-se...

Ela deu lar, comida, roupas e amor aquela criança órfã da guerra...

E assim viveram os próximos longos anos....


Muitas madrugadas se passaram
e elas ainda não ouviam a voz da sua paz interior
choravam caladas,
como quem desperta de um grande sonho,
era inevitável,
elas ouviam som, qualquer som,
e corriam pra janela,
imaginando que eles estavam de volta.

Passaram dias, noites,
lágrimas de solidão possuíam aqueles meigos olhares,
elas ia até a janela,
avistavam ao longe um trem chegando
e corriam à estação...
quando chegavam lá o maquinista balançava a cabeça com um não,
que cortava suas almas ao meio..."






Os pais daquela menina, procuraram ela durante anos,

Krishya, que desaparecera nos escombros

havia morrido naquela guerra,

horas antes da tal mulher a encontrar...




"o coração enxerga o que quer enxergar..."

sábado, 11 de setembro de 2010

Todos tem suas próprias razões





"um dia sumo,
mas sumo mesmo,
e não volto,
não, volto..."

Quem sonhou meus sonhos?


Já pensou um dia acordar,
e ter deixado prá trás grandes sonhos,
e ainda ter de respirar a hipocrisia desse mundo imundo,
e ainda assim,
não deixar de ser aquilo de bom,
que fomos lá atrás?
Os pequenos sonhos,
sonhos pequenos são...



Para Thalles e Lehandra,
por seus sonhos ainda não sonhados.

Perdeu-se a chave de um coração


Um dia ele abriu-se ao tempo,
deu oportunidade a todos
quem o sabia, o procurava,
quem não o tinha, tentava obtê-lo,
quando vinha o arrepio,
procuravam nele, calor,
quando se sentia medo
nele tinham, segurança,
quando tinham tristezas
nele achavam, momentos bons,
quando tinham ansiedades
tinham nele, esperança,
ao perceber-se perdido,
nele tinham orientação,
qualquer um que sentia-se agitado
nele encontrava, calmaria,
ao perceber-se desorientado
ele mostrava o caminho a seguir,
quando pensavam em desistir
ele os alimentava com a arte de viver,
quando sentiam-se desnecessários
o procuravam e obtinham, ocupação...
quando vinha a raiva
nele encontravam abrigo,
até que alguém machucado
o machucou também,
e um dia, do nada,
ele se fechou...

cansado,
frágil,
perdido
e solitário.

Permaneceu assim por muito tempo,
até que se foi,

pobre e triste coração...

Procura-se a chave...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nunca mais dizer adeus


“era madrugada,
o telefone tocou, ela atendeu...

era do hospital,
pra avisar que ele havia morrido,....

ela foi em direção à janela,
tentou gritar, gritou...
alto, acordou um mundo que adormecia, sonhava,...

pegou suas malas,
colocou num táxi, e partiu para despedir-se dele,
era quase inacreditável,
algo que nunca imaginava,
mas aconteceu,
talvez no pior momento de sua vida,
ela tinha verdades e incertezas dentro de seu coração,
e ali, naquele tempo de ilusões perdidas,
só lhe restava a certeza que precisava voltar lá e ver ele pela última vez,

queria pedir desculpas por tantas idas e vindas,
por horas incertas,
momentos ruins,
e as coisas boas que ele fez.
e ela nunca valorizou,...

ela, por um instante chorou,

triste desceu do carro,
entrou no avião,
o avião caiu meia hora depois,
e assim, morreu...

não teve a oportunidade de ver ele pela última vez,
não dando antes a ele, a chance de ver ela, também pra nunca mais...”


F I M





Este texto é dedicado aqueles que perdem a oportunidade de me dizer a verdade,
diga o que quer me dizer, sempre,
não guarde palavras e pensamentos,
nem assassine nossa comunicação,
venha a mim,
é necessário saber o que ainda não sei de você...

quero ouvir, e saber tudo de você,
sobre nós dois...


o hoje, depende de nós,
o depois,
esse não nos pertence...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Memórias de um grande amor



"Trago dentro de mim
o verdadeiro motivo da vida,
da razão,
e a certeza de que vale sempre a pena acreditar em algo forte,
intenso,
trago dentro de mim a essência da liberdade
pra liberar teus olhos de saudade,
quando quiser lembrar de nós dois,

que eu sempre saiba ouvir um coração,
qu eu saiba de sabedorias,
conheça o conhecer,
que eu sempre fique assim, ao ficar,
que eu sempre me seja,
me esconda em algum esconderijo bem escuro,
onde só o medo me encontre,
que eu me procure e me perca em tantos eus,
que possa estar aí contigo agora,
ontem,
amanhã,
daqui a pouco,
que eu invada teus pensamentos nos momentos bons,
de pura paz,
pura poesia,
que eu saiba que sou suficiente em sonhos,
pra quando tu tentar desanimar por teus medos,
que eu venha através de tua sabedoria e verdades,
te aliviar o coração,
dando à tua alma a merecida aquietação,
e que teu espírito me saiba,
me queira,
me pertença
e nos aproximemos através de nossos ideais de paz,
que estejamos sempre onde está o amor,
e que esse amor nos domine e nos mostre os melhores caminhos a seguir,
mesmo se pedras insistirem em nos perturbar,
querendo deixar o caminho mais complicado,
problemas, dias ruins, todos tem,
cabendo a cada um saber superar seus horizontes de dor e mágoa,

que eu possa com minha humilde humildade te surpreender,
te fazer sorrir um sorriso lindo,
um sorriso verdadeiro,
de imensa felicidade,
que essa felicidade transforme tudo em tua volta,
te mostrando tudo de melhor que existe em cada um de nós,

o que temos de melhor pra mostrar a quem quer ver em nós, o amor,

e que também te faça chorar,
lágrimas de solidão e saudade,

pra assim,
lembrares de mim,
de quem sou,
onde estou,
o que faço
e o que temos em comum desde nosso primeiro instante,
nosso amor,
nossa vida,
nossas internas diferenças e igualdades,

que eu te siga em pensamentos onde quer que ele vá,
que eu nunca venda meus sonhos por trocados,
ou migalhas de solidão...

e que sejamos sempre,
mas sempre mesmo,
livres pra sonhar um com o outro,
e escravos de um grande amor..."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu gostaria que você ainda estivesse aqui


ninguém sabe, além de mim,
o que você sabe de nós dois,
dos nossos erros,
acertos,
decepções e algo mais,
somos dois na dança do tempo,
e nada mais nos importa

por onde anda você, além de aqui dentro de mim?

Um dia eu...


“um dia sumo,
deixo tudo prá trás,
serei apenas lembrança,
como um barquinho de papel,
que fica jogado no tempo
esperando o inesperado...”

Chuva na janela (1ª parte)


“espero que nesta manhã, que veio nos trazendo chuva,
teus sonhos sejam mais reais às tuas necessidades,
fazendo de nossas promessas, esperança,
e de nossos corações,
liberdade pra ser feliz,
mesmo que apenas em pensamentos...”

Chuva na janela (2ª parte)


“...a chuva continua lá fora,
e os guarda chuvas seguem se encontrando,
por onde anda você?
e eu aqui,
pensando pensamentos pensáveis...”

Chuva na janela (Parte final)


“pensa em mim,
penso em ti também,

e que essa chuva que insiste em não passar,
faça sobreviver nossos pensamentos bons,
para nos encontrarmos com outros guarda-chuvas
numa próxima tempestade...”

Presos num passado que nunca passou


"amanhã a essa hora nos encontraremos pela última vez,
você e seu mundo,
eu e minhas pequenas idéias,
acho que deixamos de nos acreditar, de nos perceber,
foram dias difíceis,
alguns momentos bons,
nos demos tão bem,
com uma sincronia tão perfeita, que nos esquecemos de nós mesmos
nos entregando a tudo,
como alguém que por estar só,
se vai,
se joga no tempo,
em palavras perdidas, sem direção,
ou alguém que por estar tão seguro dentro de si,
se fica,
se cala no silêncio do amor,
fomos antes,
isso há muito tempo,
dois mundos vivendo num só tempo,
fazíamos de nossos sonhos, o real,
de nossas realidades, desafios,
nós fomos por um momento, eternidade,
amor,
e talvez agora,
exatamente agora,
quando nos necessitamos,
nos soltamos,
não por não nos querermos mais,
mas por não termos tido em nenhum dia,
a oportunidade de pensar para onde íamos,

lembro de teus olhos me pedindo ajuda
na primeira vez que te vi,
querias a mim,
de mim precisavas,
era eu, aquele amigo sincero,
de frases bonitas,
palavras mágicas,
que como encanto invadiu teu coração
e te fez sorrir e chorar de verdade,
nunca tinha me sentido assim antes,
nem quando me perdi em outros olhos,
ou quando me notei seduzido por algum olhar de paz,

pena, tudo se foi,
foram dias bons,
momentos inesquecíveis,
inesquecíveis e sensíveis instantes,

não cuidamos de nosso jardim,
flores se foram,
se foram as pedras do caminho,
o caminho se desfez,
a saudade nos esqueceu,
e assim,
como quem espera o inesperado que nunca vem,
nos transformamos em eu e você,...

não fosse amor,
não haveria tanta dor
e tanta dificuldade em te dizer mais uma vez
que nos perdemos de nossos passos,
e juntos, hoje,
ficamos presos no amanhã,
que por um passado complicado,
não volta nunca mais..."



Para os que se vêem perdidos,
quando o amor não os preocupa mais.